Professora em tratamento contra o câncer revela medo de morrer após Governo do AM deixar de pagar plano de saúde 2c4d6q
Manaus – A suspensão do plano de saúde de milhares de profissionais da educação no Amazonas tem gerado revolta e preocupação entre os trabalhadores da rede estadual. O motivo é o atraso de dez meses do Governo do Estado nos pagamentos à operadora Hapvida, responsável pela assistência médica da categoria. Com o acúmulo da dívida, que ultraa R$57 milhões, não foi possível a empresa continuar com os atendimentos. Este ‘calote’ da gestão estadual compromete diretamente a continuidade de tratamentos de saúde, incluindo casos graves como o da professora Taiana Amorim.
Mesmo com os atrasos, a Hapvida vinha mantendo os atendimentos de urgência, emergência e tratamentos contínuos. No entanto, com a falta de negociações, a suspensão acabou se tornando inevitável e isso pegou os servidores de surpresa. Taiana, que enfrentou um câncer em 2024, depende do plano para seguir seu pós-tratamento, que inclui o uso de um medicamento de alto custo.
“Se essa situação não for resolvida até mês que vem, eu não sei o que farei”, disse a professora, preocupada.
Atualmente, Taiana precisa tomar quatro pílulas por dia de um medicamento cujo custo varia entre R$ 15 mil e R$ 22 mil por caixa. Com o consumo mensal de duas caixas, o tratamento chega a ultraar R$ 40 mil — um valor inviável para sua realidade financeira como educadora.
A professora alerta que a situação não atinge apenas ela, mas todos os trabalhadores da educação que, ao longo dos anos, consideraram o plano de saúde uma conquista fundamental para garantir qualidade de vida e segurança no exercício da profissão. A suspensão, segundo ela, representa um retrocesso e compromete o bem-estar de toda a categoria.
Taiana reafirma a urgência de uma solução: o Governo do Amazonas precisa regularizar os pagamentos e restabelecer o serviço médico o mais rápido possível.
Até o momento, o governo estadual não se manifestou oficialmente sobre a previsão de quitação da dívida com a Hapvida ou sobre alternativas para garantir atendimento médico aos servidores afetados. Enquanto isso, cresce a pressão de sindicatos, professores e demais profissionais da educação por uma resposta imediata.
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