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Com carros de luxo blindados, filho de ex-prefeito de Coari é preso e apontado como líder de organização criminosa 645xd

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Amazonas – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) deflagrou, nessa quinta-feira (12), a Operação Tentáculos, que desmantelou um dos mais sofisticados esquemas criminosos atuantes no interior do estado. O principal alvo da investigação é Arnaldo Júnior Guimarães Mitouso, conhecido como “Bigode”, filho do ex-prefeito de Coari, Arnaldo Mitouso. Segundo a polícia, ele exercia função de liderança em uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, financiamento à pirataria fluvial e lavagem de dinheiro.

A operação mobilizou mais de 80 policiais civis e contou com o trabalho conjunto de diversas unidades especializadas: a Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari, o Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), o Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core-AM) e a Delegacia Fluvial (Deflu). Foram cumpridos 36 mandados de prisão e 45 de busca e apreensão em três municípios: Coari, Manaus e Tefé.

Durante a operação, “Bigode” foi localizado e preso em uma residência onde a polícia encontrou um carro de luxo blindado, uma quantia em dinheiro em espécie, diversos celulares e outros materiais que reforçam a suspeita de envolvimento com atividades ilícitas de alto valor. “Ele utilizava sua influência política e estrutura financeira para dar sustentação ao tráfico de drogas e à pirataria fluvial, que vem assolando a região do Médio Solimões”, afirmou o delegado José Barradas, responsável pela investigação.

Além de Arnaldo Júnior, outro nome de destaque preso foi Jhony Cléber de Alencar, conhecido como “Olho de Gato”, apontado como um dos principais operadores do tráfico em Coari. Em sua casa, os agentes apreenderam uma arma de fogo calibre .40, munições, entorpecentes e um veículo.

As investigações apontam que o grupo criminoso atuava com hierarquia estruturada, tendo “Bigode”, Jhony Cléber e outro suspeito, identificado como Evanilson, o “Mistério”, no topo da cadeia de comando. “Eles são os líderes. Eles financiam o tráfico, comandam ações de pirataria nos rios da região e lavam o dinheiro obtido por meio de laranjas e negócios de fachada”, disse Barradas.

O impacto do grupo na segurança da região é significativo. A pirataria fluvial, além de causar prejuízos econômicos para comerciantes e ribeirinhos, representa grave risco à vida de tripulantes e ageiros que circulam pelas hidrovias do Amazonas.

A Operação Tentáculos segue em andamento, e a polícia não descarta novas prisões e apreensões nos próximos dias. As autoridades ressaltam que o combate ao crime organizado em áreas remotas do estado é prioridade, especialmente em regiões estratégicas como Coari, onde há histórico de influência política e econômica de grupos criminosos.

Com a prisão dos líderes, a expectativa da Polícia Civil é de enfraquecer a cadeia logística do tráfico e da pirataria na região. As investigações continuam para identificar outros integrantes e ramificações da organização.


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