Avaliação negativa de Haddad explode no mercado: o que explica a queda drástica na sua credibilidade? 1f2d4a
Brasil – A avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atingiu um nível alarmante entre agentes do mercado financeiro e investidores. Segundo pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira (18), a desaprovação ao titular da economia subiu 34 pontos percentuais nos últimos três meses, atingindo 58%. Enquanto isso, as avaliações positivas despencaram de 41% em dezembro de 2024 para apenas 10% em março de 2025. O cenário aponta um enfraquecimento de Haddad dentro do governo, conforme apontado por 85% dos entrevistados.
Os fatores que explicam a rejeição do mercado
A crescente desconfiança do mercado financeiro em relação a Haddad não é sem motivo. Nos últimos meses, sua condução da política econômica tem gerado insegurança entre investidores e empresários. Três fatores principais podem explicar esse desgaste acelerado:
– Meta Fiscal e Falta de Controle nos Gastos
A decisão do governo de não perseguir mais uma meta de déficit zero em 2025 gerou uma reação negativa no mercado. O descontrole nos gastos públicos e a falta de clareza sobre como o governo pretende equilibrar as contas públicas fizeram a confiança despencar.
-Alta da Inflação e Juros Elevados
A inflação acumulada dos últimos meses veio acima do esperado, pressionando o Banco Central a manter a taxa Selic elevada por mais tempo. Isso prejudica o consumo e investimentos produtivos, dificultando a retomada da economia.
– Risco Institucional e Falta de Autonomia do Ministro
Há uma crescente percepção de que Haddad perdeu força dentro do governo. A pressão de alas mais radicais do PT, que defendem uma política econômica mais intervencionista e menos fiscalmente responsável, tem minado sua autoridade. Muitos agentes do mercado já o veem como um ministro sem poder de decisão real.
Mercado reage com pessimismo
A nova pesquisa surge em um momento delicado. O real vem sofrendo forte desvalorização frente ao dólar, a bolsa tem oscilado negativamente e a atratividade do Brasil como destino de investimentos estrangeiros está sendo questionada. Grandes fundos internacionais têm demonstrado cautela com os rumos da economia brasileira, principalmente diante da incerteza fiscal e do aumento da percepção de risco.
Além disso, empresários de diversos setores têm criticado publicamente a falta de previsibilidade econômica e o que consideram um excesso de promessas não cumpridas por parte do governo federal.
O que esperar daqui para frente?
Com a rejeição crescendo, a dúvida que paira no ar é: Haddad conseguirá reverter esse cenário ou será substituído? Nos bastidores, já há rumores de que Lula estaria cogitando mudanças na equipe econômica para tentar acalmar o mercado e evitar um impacto ainda maior na economia do país.
O CM7 Brasil seguirá acompanhando os desdobramentos desse cenário e trará atualizações sobre os próximos os do governo diante da crescente insatisfação do mercado com Fernando Haddad.